segunda-feira, 30 de agosto de 2010

We were the kings and queens, but what are we now?

Eu tava conversando com a Raquel (do cursinho) hoje sobre um monte de coisa. No decorrer da conversa, nós falamos sobre a Ditadura Militar e falamos em como a Ditadura deu uma sede de mudança nas pessoas que viveram ela; deu um desconforto para os músicos e jornalistas que lutavam contra tudo isso. Mas ai a gente pensou e chegamos as seguintes perguntas: "onde está essa sede? onde estão essas pessoas? se acomodaram com a suposta liberdade que está acabando com todos e não querem mais lutar contra isso?"
Cheguei a comentar sobre o Gilberto Gil. Para os leigos, ele era um músico desses doidões na ditadura, apanhou pra caramba mas só descançou quando tudo acabou. Hoje em dia, ele é um dos melhores músicos da MPB mas ele se esqueceu dessa época de luta. Digo isso pelo fato de ele ser um "companheiro" do nosso ilustríssimo Sr. Presidente Lula, esse que se diz fã de Fidel Castro que por sua vez é um ditador. O que me levou a pensar que, indiretamente o exemplo de lutador que Gil era virou só mais um que apoia a opressão.
Nisso, eu tava pensando em algum plano pra começar meus sonhos antes mesmo de conseguir chegar no começo deles. É, é confuso, eu sei... mas eu sou assim. E agora pouco estava tocando uma música que diz que nós éramos os reis e rainhas da promessa e que nós roubamos nossas novas vidas em defesa dos nossos sonhos. E isso é complicado.
Nossos sonhos, em grande maioria puro egoísmo e individualismo, não se encaixa na era pós-ditadura em que nós vivemos. Eu tenho pra mim que nossos pais e avós viram na gente uma nova geração; uma geração melhor do que eles e que não deixaria o mundo se perder e, ao contrário disso, nós deixamos a luta pra trás pra podermos nos satisfazer com coisas desnecessárias. Nós nos acomodamos em nossas vidas fúteis e não queremos abrir mão disso por nada. Estamos sempre jogando as coisas importante pra depois pqe antes nós temos que sair e se divertir.
Nisso, eu me lembrei de uma conversa com meu namorado quando ele citou uma frase do filme que eu não me lembro: "A humanidade só muda pela catástrofe".
Pense nessa frase e se pergunte se é isso que você quer pra sua vida. É mesmo melhor deixar tudo ser consumido pelo comodismo ou é melhor se tocar de que algo está errado e se levantar e tentar achar uma solução?

@annaprmaia

Ah, pra quem quiser ouvir, essas são as músicas que inspiraram meus pensamentos hoje:

We weren't born to follow - Bon Jovi
Kings and queens - 30 seconds to mars

Gostou, odiou, quer elogiar ou quer xingar? Comentários estão ai :)

27/06/2010 - Para sempre Alice.

Eu estava lendo um livro que se chama "Para sempre Alice" e ele fala sobre uma mulher que descobre que tem o mal de Alzheimer e no livro eu aprendi que o Alzheimer nada mais é que a morte dos seus neurônios o que provoca a perda de memória. Nisso, eu consegui entrar em nostalgia e fazer esse post.

Pra começar o drama total, eu lembrei de todos os meus amigos do fake que se deletaram mas principalmente três deles: Peter, Gatin e Edú. Eu cheguei a conclusão de que nós, pessoas que já tiveram um fake e se apegaram nele, sofremos muito mais com os amigos dlt pelo fato de isso ser similar a morte. Felizmente, eu nunca perdi ninguém pra morte real... mas eu imagino que qdo a morte vir pra algum amado, o sentimento vai ser bem parecido. Parece que você vai sempre esperar um 'oi' daquela pessoa, mesmo sabendo que ela não volta mais. Eu pelo menos sempre entro na Stti pra ver se eu recebi algum sinal de que eles estão bem, mesmo sabendo que eu não vou receber esse sinal. As vezes eu me pego abrindo a maldita pasta chamada "Os meus registros" e fico lá horas lendo e relendo tudo o que eu vivi do lado desses três; me pego lembrando qtas vezes minha familia me olhou torto pelos ataques de riso que eu tinha na frente do pc, ou os ataques de choro; me pego imaginando como seria se eu morasse do lado deles ou se um dia eu vou conseguir rodar esse Brasil pra poder ver o sorriso de cada um dos meus meninos. É estranho pensar em tudo isso pqe dói. Lembrar dos bons tempos e perceber que o tempo não volta e que nada vai mudar a 'morte' deles é torturante. Mas ai, dá pra achar um consolo e é nisso que entra a outra parte do post: Enquanto eu tiver eles na minha memória, o dia vai sempre ser melhor. Enquanto meus neurônios forem saudáveis o suficiente pra poder me dar o prazer de sorrir ao lembrar de como eu fui feliz com eles, os meus dias vão ter algum sentido.
E qual é o sentido desse texto? Não sei também, como eu nunca sei o sentido de nada. Talvez eu só tenha conseguido fazer a Fer e a chorar, talvez eu tenha conseguido fazer com que elas sintam menos dor ao lembrar dos amigos que elas tbem perderam com o fake, talvez eu tenha escrito só pra desabafar ou talvez eu tenha feito você pensar nos seus amigos.
Eu tenho pensado bastante nos meus, do passado e do presente, e isso me ajuda bastante a ser eternamente grata por cada vida que passou pela minha e por cada uma que continua do meu lado. Me ajuda a ver como eu deveria ter aproveitado mais o tempo que eu tive com os que se foram e, principalmente, me ajuda a ver como eu devo aproveitar o precioso tempo que eu tenho com eles agora.
O tempo voa, não volta e não muda.. então, saiba como fazer um bom uso do seu :)

@annaprmaia